IFPA: Práticas educativas na era da informação é tema de livro de professor do campus Abaetetuba

"Formação Continuada de Professores na era da Educação 4.0: saberes, identidade docente e as práticas pedagógicas" é um livro resultante da dissertação do professor do curso Técnico em Informática do Instituto Federal do Pará (IFPA), campus Abaetetuba, Márcio Valério de Oliveira Favacho. A obra foi publicada neste ano, no mês de abril pela editora Dialética. Propõe a transformação das instituições de ensino em centros de convivência voltados para formar aprendizes ao longo da vida com o objetivo de tornar a educação e a formação continuada acessíveis e fontes de valores éticos inseridos pelas tecnologias para a promoção do crescimento científico, educacional, comunicacional e cultural na construção do conhecimento.


Composto por 116 páginas e com conteúdo estruturado em quatro capítulos, o livro traz como tema central a formação continuada de professores e o ensino. Apresenta os desafios atuais, os reflexos da pandemia e o panorama do ensino remoto nesse novo cenário. Faz a contextualização da educação no século XXI e aponta o que se pode esperar da Educação 4.0, as habilidades essenciais para o educador nesta realidade mediada pelas tecnologias, a identidade docente e o uso das TICS na escola.


A educação é reconhecida como a base para a manutenção da sociedade. E a formação continuada de professores frente as TIC’s é o caminho proposto pelo autor para o ensino neste contexto cada vez mais digital e mediado pelas tecnologias. Com um olhar mais atento à educação ofertada no município de Abaetetuba, com base em dados, se discute outros fatores diferenciais, neste novo tempo, para a atuação docente, como, por exemplo, os saberes, a formação pedagógica e as TIC’s, a identificação e argumentação dos educadores sobre o uso das tecnologias.  “Muitos professores não sabem usar as tecnologias e por isso não as utilizam a seu favor dentro da sala de aula”, ressalta Favacho.


Nesta pesquisa, Favacho constata que os alunos estão se tornando ativos e responsáveis pelo próprio processo educacional. A gamificação é apontada como uma estratégia para trabalhar habilidades, competências, princípios de autonomia e cooperação na aprendizagem. Afirma, também, que a educação vem acompanhando os avanços tecnológicos, apesar de ser de forma desigual. Constata que os equipamentos estão servindo para mediar o conhecimento e a aprendizagem, como ferramentas de interação e canais de comunicação. Com base no levantamento por ele feito, ele afirma que o ambiente educacional está se tornando cada vez mais digital e tecnológico para a construção da capacidade intelectual de cada estudante. No mesmo sentido, buscou evidenciar a visão que considera a formação continuada um dos rumos para a construção de novos conhecimentos com foco na superação da dicotomia entre teoria e prática.


Favacho constata que a educação, durante a pandemia, só foi possível para quem contava com equipamentos, internet e as plataformas virtuais como ferramentas para a realização do ensino remoto. As tecnologias de informação e comunicação viabilizaram a continuidade do ensino e o prosseguimento dos calendários das atividades letivas. O ensino presencial foi adaptado para o ensino remoto com reformulação das práticas dos professores e alunos.


A pandemia de Covid-19 causou grandes impactos no calendário letivo das instituições de ensino como, por exemplo, o IFPA. Para conter o avanço do vírus entre a população brasileira, foi necessário ofertar o ensino remoto de forma síncrona e assíncrona utilizando as ferramentas digitais: Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) como Team (Microsoft), Google Class Home e de videoconferência como Google Meet e Zoom que possibilitam contato à distância entre professores e alunos.


No entanto, as pesquisas feitas pelo professor Favacho apontam que a solução encontrada não levou em consideração as características e dificuldades geradas pela diversidade de cada região: pobreza, distribuição da população, acesso às condições adequadas ao estudo (alimentação, computador, internet, energia, ambiente). Favacho defende o apoderamento, tanto dos professores como dos alunos, para o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC’s) no processo educacional.


A leitura da obra permite conhecer uma investigação ampla sobre os aspectos da formação continuada de professores da educação básica utilizando as TIC’s e o quanto esta formação influenciou nas práticas pedagógicas e na construção de sua identidade durante o cenário pandêmico que ainda está em curso. Buscou-se fazer o mesmo estudo, de forma detalhada, nas escolas do município de Abaetetuba. Neste caso, as análises foram sobre as práticas metodológicas dos professores da educação básica adotadas durante o ensino remoto nas escolas de ensino regular do município de Abaetetuba (PA).


O professor apresenta o que é a educação 4.0 e os desafios no primeiro capítulo da obra. No segundo capítulo, faz um apanhado sobre a importância das TICs para o ensino à distância durante a pandemia, com destaque para a cibercultura e as novas comunidades virtuais de aprendizado colaborativo da educação. No terceiro capítulo destacamos os conceitos da formação continuada desses educadores para a construção dos seus saberes docentes, disciplinares e tecnológicos, além de mostrar a importância dessa formação pedagógica na utilização das TIC’s dentro desse cenário de mudanças. No último capítulo, traz e discute os dados dentro do objeto pesquisado e sua contextualização local, com os sujeitos fundamentais -os professores e os profissionais que trabalham nas coordenações pedagógicas das escolas pesquisadas-. Em anexos, apresenta os questionários, ofícios e decretos utilizados para a coleta dos dados.


Publicado pela Editora Dialética e disponível para compra aqui.


Assessoria de Comunicação do Conif

Texto: Ascom IFPA