Estudantes do IFPA campus Altamira conquistam o título de "Melhor equipe de escola pública da região (Norte)"

Estudantes do Instituto Federal do Pará (IFPA) campus Altamira garantiram vaga na etapa final da 15ª edição da Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB) com as equipes Muiraquitã e Yamã Dyá. As duas estão entre as 340 equipes convocadas para a etapa final da olimpíada que será realizada, nos dias 26 e 27 de agosto, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em Campinas, São Paulo. Com a melhor pontuação da região norte, os membros da Muiraquitã terão os custos da viagem custeada pelos organizadores da competição.

A 15ª edição da ONHB ocorre em equipes compostas por um docente de História e três estudantes do ensino fundamental e/ou médio das escolas públicas e particulares. O conteúdo cobrado nas questões abrange, além da História do Brasil, assuntos interdisciplinares, como Geografia, Literatura, Arqueologia, Patrimônio Cultural, Urbanismo e atualidades. É uma competição realizada com apoio do Departamento de História da Unicamp, do Serviço de Apoio ao Estudante (SAE) da Unicamp, da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec) da Unicamp e da Associação Nacional de História (Anpuh). Conta também com a participação de docentes universitários, alunos de graduação, mestrandos e doutorandos.

A coordenadora da ONHB no IFPA campus Altamira, Jayza Monteiro Almeida, explica que a participação na ONHB é uma oportunidade para os estudantes desenvolverem uma série de habilidades. A dinâmica da prova estimula o pensamento crítico e favorece o desenvolvimento de habilidades sociais que refletem em suas vidas pessoais e nas suas futuras trajetórias profissionais. “Através das provas, os alunos são instigados a aprimorar suas competências em trabalho em equipe, pesquisa histórica, resolução de problemas e análise de fontes históricas”, garante.

A equipe Muiraquitã conta com a orientação da professora Jayza Monteiro Almeida e é composta pelos estudantes Marília Batista Garcia, 3º Ano – Técnico Integrado em Edificações; Davi de Lima Medeiros, 1º Ano – Técnico Integrado em Informática; Yasmin Morais da Silva, 3º Ano – Técnico Integrado em Informática. Enquanto a equipe Yamã Dyá é orientada pela professora Flavia Ribeiro Veras e formada pelos estudantes Angelica dos Santos Silva, 2º Ano - Técnico Integrado em Informática; Sabrina Lima Rodrigues da Silva, 2º Ano - Técnico Integrado em Informática; e Fernanda Kauanny Guedes de Sousa, 2º Ano - Técnico Integrado em Informática.

O estudante Davi de Lima, 15 anos, explica que se interessou em participar da ONHB ao saber que a etapa final era em Campinas, São Paulo, e as melhores equipes teriam a viagem e os custos tudo pago pela organização do evento. Ele se animou ainda mais quando soube pela professora Jayza Monteiro que algumas universidades aceitavam as medalhas como forma de acesso a cursos superiores.

A estudante Marília Batista, 18 anos, comenta que é um privilégio poder fazer parte da equipe Muiraquitã. É a primeira vez que ela e os colegas participam da olimpíada. Declara que ela e os colegas se dedicaram ao máximo para conquistar um lugar na final. “Ver todo o nosso trabalho sendo recompensado é algo muito gratificante. Não esperávamos chegar tão longe. Estou muito feliz e animada em estar representando o município de Altamira em São Paulo. E agora, os esforços serão para trazer a medalha de ouro! ”.

Angelica dos Santos, 18 anos, que também se classificou para a última etapa da ONHB, está na expectativa para a prova da 7ª fase e ansiosa para viagem. Ela comenta que a olimpíada trouxe experiências únicas e construtivas, testou os conhecimentos com questões e tarefas diferentes das da sala de aula. Acredita que o acompanhamento das orientadoras e a dedicação da equipe em cada etapa foram os segredos para o êxito e ótimas notas das equipes. “Eu pude aprender assuntos e temas relacionados a nossa história, sociedade, diversidade e muitos outros aprendizados. A alegria de passar uma por uma das seis fases me fez querer mais e mais continuar nessa caminhada de estudos e aprendizados”.

“O IFPA nos proporcionou a oportunidade de participarmos mais integralmente da Olimpíada de História, dando o apoio e o ensino para que minha equipe fosse finalista. Muitos conhecimentos e habilidades que aprendi na instituição me auxiliaram muito como, por exemplo, assuntos que já havia estudado, a escrita e elaboração de textos resumos e artigos, além dos ótimos professores de várias áreas, que nos ajudaram e nos trouxeram mais conhecimento”, avalia Angelica dos Santos.

As professoras estabeleceram o objetivo de vencer a 15ª da ONHB. E, para isso, elas definiram uma estratégia de preparação. Elaboraram e desenvolveram dois projetos de ensino: "Preparatório para a 15ª Olimpíada Nacional em História do Brasil” e “15ª Olimpíada Nacional em História do Brasil”. Enquanto o primeiro projeto era direcionado à orientação sobre a dinâmica da prova, o tipo de questões e as competências a serem desenvolvidas em termos de escrita e leitura. O segundo projeto era voltado para cada uma das 6 fases on-line da ONHB. E durou um mês e meio com reuniões quatro vezes por semana. “Cada reunião tinha duração mínima de duas horas, podendo se estender até quatro horas a depender da fase. As fases 4, 5 e 6 exigiram encontros cinco vezes por semana, incluindo sábado à noite”, detalhou a professora Jayza Monteiro.

A análise do desempenho dos estudantes do IFPA na ONHB, dos anos anteriores, fez as professoras orientadoras das equipes, Flávia e Jayza, perceberem que era essencial o trabalho colaborativo com docentes de Língua Portuguesa. E passaram a ofertar um treinamento semanal de quatro horas para a resolução de questões e tarefas, e oficinas de redação, ministradas pelas docentes de Língua Portuguesa Ivane Beltrão e Livia da Costa.

O critério para a inscrição dos estudantes na ONHB foi a demonstração de interesse.

Os estudantes foram alocados em equipes e em grupos de três participantes, podendo ser de séries distintas. “É importante que sempre seja mesclado alunos da 3ª série com as da 1ª série, para os veteranos conseguirem dar o apoio aos calouros, para manter o projeto sempre vivo no campus com a experiência dos anos anteriores”, afirma Jayza Monteiro.

A primeira participação do IFPA campus Altamira na ONHB ocorreu em 2021 e contou com a participação de 6 alunos. Em 2022, a demonstração de interesse foi maior e contou com 9 estudantes inscritos. Neste ano de 2023, o número de inscritos ampliou-se, foram 32 alunos interessados. “A oportunidade de representar o IFPA em Campinas e os relacionamentos criados com o convívio diário durante um mês e meio pesquisando as tarefas e questões da ONHB gera vínculos especiais entre os alunos e os professores participantes. Torcemos e sofremos a cada fase que conseguimos passar”, comenta Jayza Monteiro.

Embora a final da ONHB-15 ocorra somente em agosto, dias 26 e 27, a equipe Muiraquitã já garantiu, pelo excelente desempenho, o título de "Melhor equipe de escola pública da região (Norte)" e terá suas passagens custeadas pela ONHB. Como a premiação é por equipe, se garantirem medalha de ouro, prata ou bronze, trarão um troféu para a escola também.

Para a final, os estudantes e os professores têm mobilizado parentes, amigos e as redes sociais. “Nosso objetivo é levar todos os alunos aprovados para as finais em Campinas/SP. Estamos nos empenhando muito dentro e fora do campus para levantar recursos para a aquisição das passagens, hospedagem e alimentação dos alunos”.

Saiba mais sobre a 15ª ONBH no link: https://www.olimpiadadehistoria.com.br/noticias/ler/319

ONHB é mais que medalha

A ONHB estimula a análise crítica dos estudantes e pode contribuir para a preparação deles para os vestibulares, concursos e exames, como o ENEM. O desempenho na competição é um dos sistemas de acesso ao curso superior de História por meio do edital ‘Vagas Olímpicas’ da Unicamp sem passar pelo vestibular.​


Assessoria de Comunicação do Conif

Texto: Ascom IFPA

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