IFMA vai montar pontos de observação do eclipse anular de outubro em cidades de 8 estados

O Instituto Federal do Maranhão (IFMA), em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), está montando pontos de observação astronômica do eclipse anular do dia 14 de outubro de 2023. Serão distribuídas 5 mil unidades de óculos com filtros especiais em pelo menos 23 cidades do Norte e Nordeste, além de aldeias indígenas situadas em território maranhense. Com os equipamentos, moradores, visitantes e comunidades indígenas que participam do projeto terão melhor qualidade de visualização do fenômeno.


Cada cidade participante do “Projeto E-clipse 2023: Anel de Ouro da Ciência” receberá 100 óculos para observação. No Maranhão, já estão confirmados pontos de observação em Alcântara, Imperatriz, Porto Franco, Carolina, São Raimundo das Mangabeiras, São João dos Patos e Grajaú, além de oito aldeias. Os pontos serão montados nos campi do IFMA localizados nesses municípios. “A expectativa é que a participação das comunidades na observação do eclipse anular possa contribuir para o interesse das crianças e adolescentes pelo estudo de ciências”, relatou um dos coordenadores do projeto e professor do IFMA, Rivelino Cunha Vilela.


Outras cidades estão sendo cadastradas. Professores de escolas estaduais e municipais, além de estudantes de Física, estão sendo treinados nas localidades que receberão o projeto mas não têm campus do IFMA. Já nos territórios indígenas, os pontos de observação serão coordenados por professores dessas aldeias, que participaram de treinamento de observação de eclipses, no Workshop de Ensino de Astronomia, realizado de 24 a 26 de agosto, no IFMA Campus Imperatriz.


“Cada um desses municípios organiza, por meio de um coordenador local, professor da rede municipal ou da rede federal do instituto federal ou de alguma universidade, e em conjunto com o IFMA, uma programação científica, gastronômica e cultural para este dia. Ao mesmo tempo, como a duração total do eclipse é curta, faremos com o apoio do RNP/MCTI, a transmissão do eclipse de cada cidade, no devido horário, para as demais 22 cidades escolhidas no projeto”, explicou o professor do IFMA Rafael Mendonça, um dos coordenadores do projeto.


Eventos e programações – Até o acontecimento do fenômeno natural em outubro, o IFMA programou uma série de atividades que envolve estudantes, professores e agentes públicos. Em agosto, foi realizado no IFMA Campus Imperatriz o Workshop de Ensino de Astronomia, de 24 a 26 de agosto de 2023 (https://eclipse-observation.vercel.app/).


No dia 22 de setembro, quando acontece o Equinócio da Primavera, será realizado um grande evento do Experimento de Eratóstenes (https://eratosthenes.ea.gr/), com acompanhamento virtual, para a comprovação experimental do formato arredondado da Terra. Participarão da atividade alunos de diversas escolas públicas do Maranhão. Esse experimento é incentivado a ser reproduzido em todo o mundo pela Academia Grega de Matemática, e pode ser realizado com materiais simples: um cabo de madeira (como de vassoura), caneta, cartolina e trena.


Em seguida, de 9 a 13 de outubro, será realizado o Congresso Internacional de Astronomia, em Imperatriz – MA, a fim de oferecer formação para professores e estudantes do ensino básico em observação de eclipse, fundamentos de Astronomia, construção de planetários, Etnoastronomia, Ciência e Tecnologia etc. Na programação estarão presentes professores estrangeiros (de Portugal e dos EUA) e do Brasil (do Maranhão do Rio de Janeiro, de São Paulo e do Rio Grande do Sul) que, além de se reunirem para discutir ações para o ensino de Astronomia em países de Língua Portuguesa, abordarão temas ligados a observação de eclipse, Etnoastronomia, meninas na Ciência e construção de planetários.


Eclipse solar anular – Acontece após um alinhamento do Sol, da Lua e da Terra e, posteriormente, a Lua passa entre o Sol e o planeta, assim como acontece em um eclipse solar total. No Brasil, o último evento deste porte aconteceu em setembro de 2006, com visualização em áreas do extremo norte do Amapá.


Assessoria de Comunicação do Conif

Texto: Andréa Costa/Ascom IFMA

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